;

terça-feira, 28 de julho de 2009

Audiência pública debate situação trabalhista de Agentes de Combate às Endemias


Dando prosseguimento aos quase 18 anos de luta em defesa dos direitos dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE), o deputado estadual Zé Neto (PT), realizou mais um expressivo encontro na manhã de quarta-feira (22), reunindo cerca de mil profissionais que lotaram o auditório da Faculdade de Direito da UFBa, em Salvador. A audiência pública com o tema "Melhorias das Condições de Trabalho e Desprecarização dos Vínculos dos Agentes de Combate às Endemias", debateu perspectivas das relações trabalhistas, melhoria salarial, o processo de seleção pública para a contratação dos agentes, esclareceu questões sobre os direitos assegurados pela legislação e tratou da desprecarização dos vínculos, um dos principais pleitos da categoria. O deputado Zé Neto abriu os trabalhos chamando a atenção para as conquistas entre os muitos anos de luta em defesa dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, ao mesmo tempo em que ressaltou outras questões existentes que precisam ser alcançadas. Zé Neto frisou a importância de unificar as categorias e fortalecer o sindicato para buscar a desprecarização de forma uma forma definitiva. O diretor Geral e sub-secretário da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Amauri Teixeira, participou da audiência representando o secretário Jorge Solla, e parabenizou o deputado Zé Neto pela realização de mais uma mobilização em defesa dos agentes. Amauri ressaltou que a Sesab, com o apoio do governo Wagner, têm desenvolvido um grande processo de desprecarização na contratação dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. “Os agentes merecem todo o apoio necessário porque são os profissionais mais primários no que diz respeito à saúde em nosso estado. Estamos investindo na desprecarização e, paralelo a isso, na qualificação desses trabalhadores”, afirmou.O coordenador de Apoio e Desenvolvimento à Atenção Básica da Sesab, Ricardo Souza Heinzelmann, também salientou a importância da atividade e as mudanças significativas ocorridas na Bahia com o atual governo. “O governador Jaques Wagner elegeu como prioridade da Sesab a desprecarização dos agentes de saúde. Essa política foi lançada em março de 2007, com apenas três meses de governo. Hoje, a Bahia é o estado com maior percentual de desprecarização desses profissionais”, explicou.Até o início de 2007, menos de 5% dos ACS e ACE da Bahia tinham vínculos e direitos trabalhistas assegurados. Hoje, o Governo do Estado conseguiu elevar essa proporção e quase 90% dos agentes baianos já possuem direitos trabalhistas assegurados e vínculo contratual regularizado. O trabalho foi desenvolvido em parceria com o Ministério Público, prefeituras e entidades de agentes comunitários e de endemias.De acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Saúde (Gesau) do Ministério Público Estadual (MP-BA), promotor Márcio Fael, apoiar a luta dos agentes de saúde, garantindo-os os direitos assegurados e melhores condições de trabalho, também fazem parte da política do MP. “A nossa posição é para que as situações sejam todas regularizadas e os benefícios garantidos. É preciso trabalhar com uma estratégica de política para que os agentes de combate às endemias possam atuar com segurança em todas as localidades”, destacou o promotor considerando a importância da categoria para a saúde pública do estado. Visando ampliar a discussão, o deputado Zé Neto propôs aos agentes de combate às endemias que, durante a reunião, elaborassem um documento contendo os itens que diz respeito à categoria para ser encaminhado as comissões temáticas da Assembleia Legislativa e para a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Salvador, que esteve representada pela vice-presidente e líder da bancada de oposição da Casa Legislativa, vereadora Aladilce Souza (PCdoB). A líder do Movimento Frente da Transparência, Ana Paula Medrado, fez uma reflexão sobre as expectativas a partir da Ementa Constitucional 51, aprovada há três anos atrás, e apresentou alguns entraves enfrentados pela categoria como a organização a nível nacional, a luta por um piso salarial único, regulamentação, nomeações e insalubridade. “Queremos os nossos direitos enquanto trabalhadores e o cumprimento, de fato, da Lei nº 11.350/2006, que estabelece a regulamentação dos agentes como funcionários públicos municipais”, pontuou. Também fizeram parte da mesa o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), Manoel Jorge e Silva; a diretora de Vigilância Sanitária (Divep) da Sesab, Alcina Marta Andrade; o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde), Silvio Roberto dos Anjos; a vice-diretora da Escola de Formação Técnica em Saúde Professor Jorge Novis (ETTS-BA), Maria Ester Marinho; a representante do Conselho Municipal de Saúde, Kátia Nunes; Roque Onorato, agente comunitário de saúde do município de Valença; e os vereadores petistas Marta Rodrigues e Gilmar Santiago, que na última segunda-feira (20), com a presença do deputado Zé Neto, realizou uma audiência pública para discutir os direitos trabalhistas dos profissionais pertencentes aos Programas de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs), de agentes de endemias e de Saúde da Família (PSF). Atribuições - Compete ao Agente de Combate às Endemias executar os serviços de desinfecção em residências, para evitar a proliferação de insetos e animais peçonhentos; desenvolver atividades inerentes ao combate à doença de Chagas, esquistossomose, dengue e outras doenças; proferir palestras em escolas públicas e associações comunitárias com a finalidade de melhorar os hábitos e prevenir doenças; zelar pela conservação dos materiais e equipamentos sob sua responsabilidade; atender às normas de segurança e higiene do trabalho e realizar outras tarefas afins.

Nenhum comentário:

Postar um comentário